quinta-feira, 22 de setembro de 2011

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL COM ENFASE PARA O SURDO NA INCLUSÃO ESCOLAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL







ANTONIO JOÃO GONÇALVES







AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL COM ENFASE PARA O SURDO NA INCLUSÃO ESCOLAR


ESCOLA ESTADUAL PROF.ª IZAURA HIGA







Campo Grande - MS
2011














AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL COM ENFASE PARA O SURDO NA INCLUSÃO ESCOLAR



Trabalho elaborado para fins de avaliação da disciplina de Educação Especial, do Curso de Física (Com Ênfase ao Atendimento Pedagógico para o Surdo na Inclusão Escolar), sob orientação do professor Doutor Antonio Lino.












Campo Grande - MS
2011




AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
COM ENFASE PARA O SURDO NA INCLUSÃO ESCOLAR



A disciplina: Avaliação Diagnóstica na Educação Especial, Propiciou a aquisição de conhecimentos sobre as etapas do desenvolvimento da Linguagem Oral e Escrita, compreendendo: Aquisição da linguagem oral; Desenvolvimento do simbolismo; Aquisição fonêmica. Aquisição da leitura e da escrita. Competências fundamentais no processo. Os conteúdos favoreceram estabelecer as relações entre o desenvolvimento do surdo com a linguagem oral e desta com a aquisição da escrita.
No decorrer do processo de desenvolvimento do pensamento e da linguagem, a atividade do surdo se torna uma necessidade para o processo de inclusão, possibilitando a apropriação de conceitos. Vigotski estudou a apropriação dos conceitos dividindo-os em dois grupos: os conceitos cotidianos e os conceitos científicos. Os conceitos cotidianos são apropriados no decorrer da vivência, sem nenhuma sistematização em seu aprendizado e isolado de generalizações complexas (Vigotski, 1995). Já os conceitos científicos são aprendidos a partir de sistematizações, por serem mais complexos que os cotidianos.
A construção do pensamento e da linguagem e todos os processos neles relacionados abarcam não só o desenvolvimento do aspecto cognitivo, mas também o afetivo-emocional, gerado pela motivação (desejos e necessidades). Todo processo cognitivo tem como base uma emoção que, tal como o pensamento e a linguagem, também é internalizada pela mediação (Vigotski, 1995).
A escrita ativa as funções psicológicas superiores, constituindo outra forma de manifestação da linguagem, ou seja:

[...] uma função que se realiza, culturalmente, por mediação. O escrever pressupõe[...] a habilidade para usar alguma insinuação (por exemplo, uma linha, uma mancha, um ponto) como signo funcional auxiliar, sem qualquer sentido ou significado em si mesmo, mas apenas como uma operação auxiliar (VIGOTSKI; LURIA, 1995, p.145).

A linguagem escrita é a primeira e mais evidente manifestação cultural do homem, pois se refere a um sistema externo, constituído por signos (gestos, desenhos e letras), que é internalizado; a linguagem escrita é, inicialmente, um sistema simbólico de segundo grau (por representar a fala) e, posteriormente, de primeiro grau, por se tornar independente da fala. "Isso significa que a linguagem escrita é constituída por um sistema de signos que designavam os sons e as palavras da linguagem falada, os quais, por sua vez, são signos das relações e entidades reais" (VYGOTSKY, 1991, p.120).
A linguagem escrita exige, portanto, um nível de abstração bem diferente do que a linguagem oral, pois a primeira é isenta de entonação, sonoridade, expressividade e de interlocutor. A motivação para recorrer a esse tipo de linguagem é bem diferente da dos motivos relacionados à linguagem oral, assim como a própria estrutura e o desenvolvimento dessa função. Assim, inicialmente, a linguagem oral tem na perspectiva função de comunicação, necessitando, portanto, de um interlocutor, de sonoridade e entonação; enquanto a linguagem escrita é, uma operação auxiliar.
Para Cagliari (1994), o professor deve procurar compreender como se dá o processo de aquisição do conhecimento; como se situa em termos de desenvolvimento emocional e como vem evoluindo no processo de interação social, da natureza da realidade lingüística envolvida no momento em que está acontecendo de forma produtiva o processo de aprendizagem.
A inclusão é um processo mundial em crescimento no Brasil, e amparado por documentos legais tais como LDB n° 9394 (Brasil, 1996), Diretrizes Nacionais para a Educação Básica (Brasil, 2001), que estabelecem vários níveis diferenciados de ação, no que se refere a sua natureza: política, administrativa e técnica e que “paulatinamente conquistada” (Carvalho 1997).
O profissional da educação
Para Vasconcelos (2001), quem transforma a realidade não é um sujeito isolado, mas um conjunto de homens, num determinado contexto histórico, com uma determinada organização. Quanto maior o número de sujeitos empenhados na mesma transformação, maior a possibilidade de se alterar a realidade. O professor tem como tarefa fundamental ser portador da esperança, de um projeto de futuro, recusando-se, portanto, a aceitar que a configuração do mundo que está ai é a única possível, recusando-se a amesquinhar sua existência, negando-se a abrir mão de seu sonho de uma vida melhor para todos.
Segundo Vasconcelos (2001), o desgaste que vem sofrendo o sistema educacional, são problemas que na realidade é de tempos atrás, que além da desestruturação das instituições cada dia mais falidas, existem também que os professores devem mudar não só concepções objetivas, mas também as subjetivas diante da realidade social. Devendo trabalhar novas formas e métodos pedagógicos. E, ter aparatos de motivações, que estão suprimidas por um arruinado sistema que também necessita de reestruturação, reestruturação, por exemplo, quanto à qualidade desses profissionais, mas também de outros dados importantes como: resgatar a valorização do professor seja em âmbito sócio econômico, político e até mesmo enquanto ser humano digno de sua profissão.
Resultado da Pesquisa
Atualmente, 273 intérpretes atuam nas escolas estaduais de Mato Grosso do Sul, destes 68 em Campo Grande e a cada ano a uma procura muito grande de deficiente auditivo querendo estudar nas escolas, com isso temos que cada vez mais contratar esses profissionais.
Considerações finais
A louvável atitude da professora Jeanne, em destacar um aspecto que pode levar ao maior contato entre intérprete e surdo é o fato de os parentes não terem o conhecimento das linguagens de sinais, segundo a professora Jeane da EE Profª Izaura Higa onde ela destaca a importância da família em entender as linguagens de sinais, mas nem sempre é assim. Vários aspectos estão presentes nas dificuldades com esses adolescestes e até com adultos dificultam um bom relacionamento com a família destacando-se: em que as famílias não querem que seus filhos participem da linguagem de sinais, achando que isso pode interferir na fala, os responsáveis querem que eles falem como uma pessoa sem surdes e rejeita a libra, o importante é saber que quanto mais cedo o deficiente auditivo tiver contato com a linguagem de sinais, a comunicação será mais eficiente.
















REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais. V. 2. Brasília: MEC, 1997.
CAGLIARI, L. C. Alfabetização e lingüística. São Paulo Scipione, 1994.
FERREIRO, E. Alfabetização em processo. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Para Onde Vai o Professor?: Resgate do Professor como Sujeito de Transformação. ed. 8ª. São Paulo: Liberdad, f) edição 2001.
VIGOTSKI, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1995.
VYGOTSKY, L. S.. A construção da mente. São Paulo: Ícone, 1991.
Reportagem Professor Oscar Correio do Estado Maio de 2011.